Defensoria Pública de Minas se posiciona contra redução de imposto para bets em BH
Friday 29 de August 2025 / 12:00
2 minutos de lectura
(Minas Gerais).- Órgão alerta que a proposta da Prefeitura de reduzir ISSQN de 5% para 2% pode ampliar casos de ludopatia, endividamento de famílias vulneráveis e gerar custos sociais sem garantias de retorno econômico.
A Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) divulgou parecer técnico-jurídico contrário ao projeto de lei da Prefeitura de Belo Horizonte que prevê reduzir de 5% para 2% a alíquota do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para empresas de apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets.
O documento, elaborado pelas Coordenadorias Estratégicas de Tutela Coletiva (CETUC) e de Defesa das Crianças e Adolescentes (CEDEDICA), foi produzido a pedido da Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal.
Riscos sociais e endividamento
Segundo a Defensoria, a medida representa incentivo fiscal a uma atividade de elevado risco social e econômico, em desacordo com a legislação federal e princípios constitucionais.
O parecer alerta que a redução pode ampliar casos de ludopatia, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como transtorno de saúde mental, além de intensificar o superendividamento de famílias vulneráveis.
Dados citados mostram que, em 2024, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas online em apenas um mês, comprometendo recursos destinados a alimentação e educação.
Impacto no poder público
O documento destaca ainda a "privatização dos lucros e socialização dos prejuízos": enquanto operadoras lucram, os impactos negativos recaem sobre a saúde pública, a assistência social e a segurança, sem previsão de receitas adicionais para custear esses serviços.
Incompatibilidade legal e constitucional
O parecer argumenta que a proposta de Belo Horizonte está em descompasso com a Lei Federal nº 14.790/2023, que regulamenta o setor e define diretrizes de redução de danos, proteção ao consumidor e restrição de publicidade voltada a crianças, adolescentes e idosos.
Também questiona a compatibilidade da renúncia fiscal com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige estudos de impacto orçamentário e medidas compensatórias. Além disso, afirma que a redução afronta princípios constitucionais de proteção a consumidores e grupos hipervulneráveis, bem como a promoção da dignidade humana e da justiça social.
Recomendação final
Diante dos argumentos, a Defensoria recomenda que o Legislativo municipal reavalie a proposta de redução do ISS para as bets, sob risco de a cidade arcar com custos sociais e financeiros elevados em troca de benefícios incertos.
O parecer foi assinado pelos defensores públicos Paulo Cesar Azevedo de Almeida, coordenador estratégico de Tutela Coletiva, e Daniele Bellettato Nesrala, coordenadora estratégica da Criança e Adolescente.
Categoría:Legislation
Tags: Sin tags
País: Brazil
Región: South America
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